sexta-feira, 24 de junho de 2011

O homem invisível

Beatrice tinha um dom. Ela enxergava além. O que para uns era uma janela quebrada, para Beatriz era uma oportunidade de mudar de janela. Para uns, nota baixa, pra ela, desafio para aumentar. E sempre foi assim.
Mas, não era "o lado positivo" das coisas que ela via. Ela simplesmente via além.
Quando encontava alguém, sabia que tipo de relação teria com a pessoa: amizade, confiança plena, companhia pra bares, amigo de férias... e sempre acertava.
Por algum motivo isso passou de mera intuição à condição. Nada mais surpreendia. Talvez como as coisas aconteciam, mas o desfecho, era sempre como ela havia "vislumbrado".
Os que sabiam dessa condição, achavam que Bea era 'vidente'. Outros diziam que ela se condicionava à primeira impressão.
Mas o que todos sabiam era que sempre acontecia.

Um dia ela conheceu Matheus. Foi um dia comum. Nada de muito especial. Talvez tenha ficado marcado por uma foto tirada por um amigo em que ela parecia uma atriz francesa da década de 50. Fora isso, nada de mais. Só mais um dia.

Beatrice viu Matheus entrar, mas... até então, nenhuma 'visão'. Se tornaram figurinhas cativas e descobriram amigos em comum. Estranho, ela pensava.
Começaram a se falar e foi aí que ela entendeu. "Tem algo aí." Mas a imagem não tava clara.
Sem muito bla bla bla, começaram a namorar. E nem tudo foi flores no caminho, mas também não foi de todo mal.
Até o dia que acabou. E foi nesse dia que Beatrice entendeu: ela viu em Matheus um homem que não estava lá.
Mas não podemos culpá-lo. Ninguém é perfeito. E a Beatrice, bom, ela também não era a mulher que pensava ser.
Mas eles se amam. E o fim dessa história? Não sei.
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